A transição da liderança de Paulo Martins, em 2008, deu-se num contexto de guerrilha contra a sua família, acusada de monopolizar o BE. Os novos dirigentes quiseram afastar a “velha guarda” da UDP, tida como um obstáculo. A estratégia levada até às regionais de 2011, resultou no desastre eleitoral, o pior resultado de sempre. Fora do parlamento, veio um tempo difícil com sacrifícios de muitos, mas não de quem foi pago para se dedicar ao partido a tempo inteiro.
Em 2015 a estratégia foi a oposta, aberta a contributos de todos os militantes, com vários porta-vozes. O coletivo funcionou e deu bom resultado, um grupo parlamentar e deu ânimo ao partido que registava desaires desde 2009.
Nas legislativas o BE foi terceiro, elegeu um deputado da República e quase triplicou a votação das regionais. O BE teve na campanha um rosto e um porta-voz, que não foi o do coordenador regional - cujo maior contributo terá sido mesmo a discrição. A mudança desta vez funcionou, deu o melhor resultado de sempre.
Um partido é um coletivo de gente unida em torno de uma missão e em cada momento indica um rosto que o representa. Esse rosto tem de ser credível e inspirar confiança ou não merecerá o voto do povo. Há que respeitar o coletivo e não usá-lo só para diluir responsabilidades e para ratificar decisões consumadas. Há a responsabilidade coletiva, que não apaga a individual.
Com estes bons resultados, o partido deveria ter feito mais: criar núcleos locais, maior presença junto das pessoas, cativar novos militantes, quadros qualificados que são a marca do BE, reforçar a sua credibilidade, mostrar mais caras nas iniciativas políticas e no parlamento com a rotatividade, exigir maior representação na coligação no Funchal. Assim se constrói um coletivo forte. Quem não deixou acontecer, para proteger o seu lugar, não é credível para o fazer agora.
Um rumo claro. A dívida, o desemprego, a pobreza ou a falta dum hospital na Madeira, resultam do mau governo, das más opções, das obras inúteis, da corrupção. Os responsáveis estão na Região, não em Lisboa. Um poder que diz defender a Madeira, mas na verdade defende os parasitas, os senhorios. Combater este mau governo significa desmontar as teses de que a esquerda não é autonomista, mostrar uma prática política de abertura, transparência, sem tiques da prepotência, sem eternizar-se nos lugares, nem fantasias de inimigos externos que são só truques para branquear as responsabilidades de quem governa há 40 anos.
Um coletivo forte, um rosto credível e um rumo claro, tudo o que é preciso, está ao nosso alcance, haja vontade!
A escolha é simples para os bloquistas da Madeira: continuar na via que já conduziu ao desastre; ou seguir um caminho diferente que já se revelou capaz de conquistas antes impensáveis.
Em 2015 a estratégia foi a oposta, aberta a contributos de todos os militantes, com vários porta-vozes. O coletivo funcionou e deu bom resultado, um grupo parlamentar e deu ânimo ao partido que registava desaires desde 2009.
Nas legislativas o BE foi terceiro, elegeu um deputado da República e quase triplicou a votação das regionais. O BE teve na campanha um rosto e um porta-voz, que não foi o do coordenador regional - cujo maior contributo terá sido mesmo a discrição. A mudança desta vez funcionou, deu o melhor resultado de sempre.
Um partido é um coletivo de gente unida em torno de uma missão e em cada momento indica um rosto que o representa. Esse rosto tem de ser credível e inspirar confiança ou não merecerá o voto do povo. Há que respeitar o coletivo e não usá-lo só para diluir responsabilidades e para ratificar decisões consumadas. Há a responsabilidade coletiva, que não apaga a individual.
Com estes bons resultados, o partido deveria ter feito mais: criar núcleos locais, maior presença junto das pessoas, cativar novos militantes, quadros qualificados que são a marca do BE, reforçar a sua credibilidade, mostrar mais caras nas iniciativas políticas e no parlamento com a rotatividade, exigir maior representação na coligação no Funchal. Assim se constrói um coletivo forte. Quem não deixou acontecer, para proteger o seu lugar, não é credível para o fazer agora.
Um rumo claro. A dívida, o desemprego, a pobreza ou a falta dum hospital na Madeira, resultam do mau governo, das más opções, das obras inúteis, da corrupção. Os responsáveis estão na Região, não em Lisboa. Um poder que diz defender a Madeira, mas na verdade defende os parasitas, os senhorios. Combater este mau governo significa desmontar as teses de que a esquerda não é autonomista, mostrar uma prática política de abertura, transparência, sem tiques da prepotência, sem eternizar-se nos lugares, nem fantasias de inimigos externos que são só truques para branquear as responsabilidades de quem governa há 40 anos.
Um coletivo forte, um rosto credível e um rumo claro, tudo o que é preciso, está ao nosso alcance, haja vontade!
A escolha é simples para os bloquistas da Madeira: continuar na via que já conduziu ao desastre; ou seguir um caminho diferente que já se revelou capaz de conquistas antes impensáveis.
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