O PSD enganou bem os madeirenses com a questão do ferry, prometeu trazer de volta a ligação marítima de passageiros, lançou concursos internacionais, mas tudo não passou de uma encenação para no fim ficar tudo na mesma: deixar a Madeira refém do monopólio do grupo que controla o transporte de mercadorias e os portos - o grande garrote a economia regional.
Depois de um concurso internacional deserto, foi feito um fato a medida para o grupo Sousa, o Governo Regional falou em testes denotando a sua má fé em todo o processo.
O Governo anuiu com preços absurdos e o concessionario nem esperou pela data das eleições para cancelar o contrato.
Depois de levantar uma série de obstáculos, o GR cinicamente veio saudar o sucesso da operação trimestral em 2018. Pelo meio o monopolista anunciou o transporte de passageiros num navio porta-contentores.
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A Madeira e os Açores continuam a ser as únicas regiões europeias sem ligações marítimas de passageiros regulares ao continente - até as Ilhas Faroé, com menos de 50.000 habitantes, têm ferry todo o ano à Dinamarca e sem ajudas do Estado.
A política regional é marcada por amplos consensos de submissão aos interesses privados - quem detém o verdadeiro poder. Isso é evidente na questão do ferry, nos abusos cometidos no porto do Caniçal, mas também no CINM, ou nas concessões rodoviárias. O debate político é dominado pelas questões acessórias ou pessoais.
O Bloco propõe a gestão pública dos portos da Madeira enquanto infraestrutura estratégica e uma empresa pública para gerir as ligações marítimas para o continente e para o Porto Santo, em defesa do interesse público e para o bem de todos.
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